[...] Cláudio e Ana estavam almoçando tranquilamente quando ela apareceu com a novidade: Ana revelou ao marido que naquela manhã recebera um telefonema de seu irmão, Serginho, avisando que viria passar alguns dias com eles para resolver alguns assuntos pessoais.
Cláudio não gostou nem um pouco da novidade, não lhe agradava a ideia de ficar sem privacidade dentro da sua própria casa, afinal, para ele o Serginho era um completo estranho.
A última vez que Cláudio viu o cunhado, ele tinha apenas dez anos, era um menino gordo e comilão, que quase esvaziou a sua despensa nos quinze dias que ficou com eles, isso sem falar nos prejuízos: Cláudio perdeu as contas de quantos vasos e abajures ele quebrou jogando bola dentro do apartamento, quase enlouquecendo-o com a sua bagunça.
Mesmo não aprovando a vinda do cunhado, Cláudio não disse nada à esposa, afinal, ele era o seu irmão e ela tinha o direito de recebê-lo em sua casa e ele, o dever de respeitar o desejo da esposa.
Ana percebeu que o marido não recebeu bem a notícia e um pouco decepcionada, perguntou:
– Você não gostou, não é?
– Ele é seu irmão, e será bem-vindo nessa casa.
– Eu sei disso. Você seria incapaz de destratar o meu irmão em nossa casa, mas estou vendo que você não está à vontade.
– E que não me agrada a ideia de ter a minha tranquilidade quebrada por um menino bagunceiro.
– Serginho não é mais um menino, ele já está com dezessete anos. Já é um rapaz.
– Você tem razão, me desculpe. Ele deve mesmo ter mudado bastante nesses últimos anos.
Realmente, Serginho havia mudado bastante, mas Cláudio não imaginava o quanto, até vê-lo na rodoviária, quando foi esperá-lo a pedido da esposa, dois dias após receberem a notícia de sua vinda. E nem reconheceu quando um rapaz alto, de cabelos castanho-claros, olhos verdes e corpo muito bem definido, chegou nele abrindo um sorriso encantador em seu rosto bronzeado.
– E ai, cunhado?
Cláudio levou um tremendo susto quando percebeu que aquele moreno lindo a sua frente, que nem de longe lembrava o menino gordo que vira há sete anos, era o Serginho.
Naquele momento, Cláudio sentiu uma sensação estranha: era como se seu coração tivesse disparado no momento em que o viu. De alguma maneira, Serginho mexeu com seus sentimentos como nunca nenhum homem havia mexido antes e aquilo começou a preocupá-lo, afinal, aquilo que ele estava sentindo não era normal.
– Que aconteceu, Cláudio? – perguntou o rapaz sempre sorrindo. – Você parece assustado.
– E não é para estar? – disse tentando disfarçar a sua atração. – Você está completamente diferente de quando eu o vi pela última vez.
– Espero que seja para melhor.
– Claro que é para melhor. – disse estendendo a mão para cumprimentar o cunhado. – Seja bem-vindo.
– Obrigado.
Cláudio sentiu um arrepio percorrer a sua espinha e seu coração acelerou ainda mais só de apertar a mão grande e macia de Serginho. Tocar a pele do cunhado com a sua, mesmo sendo com um simples aperto de mão, era o suficiente para encher o escritor de tesão. E, temendo dar alguma bandeira, Cláudio desviou o olhar do rapaz antes de lhe falar:
– Bem, é melhor irmos. A sua irmã está nos esperando com um jantar especial.
– Vamos sim, eu estou morrendo de saudades da maninha.
No trajeto até sua casa, Cláudio tentou evitar, o máximo que pode, olhar para o cunhado, mas era quase impossível com ele ao seu lado, no banco do carona, fazendo- lhe mil perguntas sobre a cidade sem esconder a sua empolgação. [...]
E depois da chegada de Serginho, a vida de Cláudio nunca mais foi a mesma e você poderá conferir na íntegra esse conto carregado de amor, desejo, sexo e traição, adquirindo agora mesmo o seu exemplar de "O cunhado", clicando no link abaixo.
Yorumlar